REPOUSO X OCIOSIDADE

REPOUSO X OCIOSIDADE


Existe um abismo de diferença entre repouso e tempo ocioso. Pode parecer uma afirmação óbvia, mas na prática todos nós acabamos seguidamente confundindo ambos conceitos.


A ociosidade é um assassinato do nosso tempo e uma renuncia das nossas aptidões naturais. Já o repouso é extremamente necessário, pois todo fluxo tem seu refluxo, não é possível viver o tempo todo em atividade.


Infelizmente a cultura ocidental contemporânea nos direciona constantemente aos extremos. Enquanto uns se tornam verdadeiros parasitas sociais (muitas vezes amparados pela própria legislação, que os auxilia), outros trabalham de forma quase ininterrupta, exaurindo suas forças.


Lei de inércia, um objeto em repouso tente a permanecer em repouso, enquanto um objeto em movimento tente a permanecer em movimento, a menos que uma força atue sobre eles. Pessoas ociosas tendem a cada vez serem mais ociosas, enquanto as ativas tendem a assumir cada vez mais atividades.


A força que pode mudar esse "fluxo" autômato chama-se VONTADE. O humano estagnado pode deixar de ser, caso tenha força de vontade necessária para reagir a sua inércia. Assim como o homem muito ativo pode diminuir o ritmo, aderindo ao repouso necessário, encontrando seu equilíbrio.


A mente e o corpo ocioso com o passar do tempo "atrofiam", perdemos nossas potencialidades e nos tornamos inúteis, pois é no trabalho que o ser humano contribui para com os outros seres humanos. O trabalho é sagrado, pois ser humanos só vivem no coletivo.


Por outro lado, quando "forçamos demais", há uma ruptura. Em nosso tempo chamamos essa ruptura de estresse. O corpo humano levado ao máximo da exaustão perde sua saúde, deixa de ser produtivo e sua mente não consegue ser estratégica e muito menos criativa.


Dessa forma confirmamos o ensinamento Budista que nos diz que o melhor caminho, é o do meio, ou seja, o do equilíbrio. Que cada um dentro de seus afazeres encontre o seu.

 


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