RESILIÊNCIA
À somatória de competências de quem consegue manter ou recuperar sua essência emocional, após um trauma ou situação limite, dá-se o nome de resiliência.
Original da física, este termo define a propriedade da matéria voltar ao seu estado original após algum tipo de deformação. Ainda é cedo para avaliar os traumas decorrentes do confinamento dos mineiros, mas temos razões de sobra para afirmar que, pela dimensão do ocorrido, a resiliência foi um dos grandes fatores de sucesso dessa grande história.
O pesquisador George Souza Barbosa, na sua tese de doutorado em Psicologia Clínica, define resiliência como a combinação de sete competências humanas:
A administração das emoções, que é a habilidade de manter a serenidade diante de situações de estresse como uma espécie de termostato, que orienta o comportamento conforme as pistas dadas pelo estado emocional dos outros. Se está muito quente, ele ajuda a esfriar e vice-versa.
Controle de impulsos, que é a capacidade de regular a intensidade dos estímulos nervosos e musculares que, somatizados, tendem a se transformar em desconforto e dor.
Otimismo, que fortalece a crença de que as coisas podem, precisam e devem mudar para melhor, o que nos devolve, ao menos em parte, o poder de decisão tido como perdido.
Análise do ambiente, que ajuda na identificação precisa das causas do problema e da adversidade presente. Um fator racional, que nos motiva na busca de lugares mais seguros e de menos risco.
Empatia traduz a capacidade de compreensão das emoções e sentimentos dos outros. Além de um exercício de compaixão, ajuda na tomada de decisões e na escolha de melhores argumentos.
Auto eficácia refere-se à necessidade de sermos eficazes na solução dos próprios problemas, por meio dos recursos de que dispomos, em nós e no ambiente.
Alcançar pessoas refere-se à capacidade de formar fortes redes de apoio, vinculando-se a outros, sem medo do fracasso.
A emocionante história dos mineiros chilenos testemunhada pelo resto do mundo tende a deixar muitas lições no campo do autoconhecimento e da liderança. Quem viver, verá, nas telas do cinema. Ou lerá nos best-sellers que vêm por aí.
À somatória de competências de quem consegue manter ou recuperar sua essência emocional, após um trauma ou situação limite, dá-se o nome de resiliência.
Original da física, este termo define a propriedade da matéria voltar ao seu estado original após algum tipo de deformação. Ainda é cedo para avaliar os traumas decorrentes do confinamento dos mineiros, mas temos razões de sobra para afirmar que, pela dimensão do ocorrido, a resiliência foi um dos grandes fatores de sucesso dessa grande história.
O pesquisador George Souza Barbosa, na sua tese de doutorado em Psicologia Clínica, define resiliência como a combinação de sete competências humanas:
A administração das emoções, que é a habilidade de manter a serenidade diante de situações de estresse como uma espécie de termostato, que orienta o comportamento conforme as pistas dadas pelo estado emocional dos outros. Se está muito quente, ele ajuda a esfriar e vice-versa.
Controle de impulsos, que é a capacidade de regular a intensidade dos estímulos nervosos e musculares que, somatizados, tendem a se transformar em desconforto e dor.
Otimismo, que fortalece a crença de que as coisas podem, precisam e devem mudar para melhor, o que nos devolve, ao menos em parte, o poder de decisão tido como perdido.
Análise do ambiente, que ajuda na identificação precisa das causas do problema e da adversidade presente. Um fator racional, que nos motiva na busca de lugares mais seguros e de menos risco.
Empatia traduz a capacidade de compreensão das emoções e sentimentos dos outros. Além de um exercício de compaixão, ajuda na tomada de decisões e na escolha de melhores argumentos.
Auto eficácia refere-se à necessidade de sermos eficazes na solução dos próprios problemas, por meio dos recursos de que dispomos, em nós e no ambiente.
Alcançar pessoas refere-se à capacidade de formar fortes redes de apoio, vinculando-se a outros, sem medo do fracasso.
A emocionante história dos mineiros chilenos testemunhada pelo resto do mundo tende a deixar muitas lições no campo do autoconhecimento e da liderança. Quem viver, verá, nas telas do cinema. Ou lerá nos best-sellers que vêm por aí.
O modelo conceitual de Risco e Resiliência foi objeto de preocupação dos pesquisadores e planejadores de programas durante a década passada.
O conceito considera que o estresse é uma experiência universal; a maneira pela qual o indivíduo reaje não depende tanto dos agentes estressantes, mas dos recursos disponíveis para lidar com eles. Também considera que os eventos negativos não são experiências raras; e tais experiências nem sempre levam o indivíduo a uma vida de privação.
Em outras palavras, a pesquisa em resiliência indaga porque alguns, criados em circunstâncias adversas, parecem viver saudável e produtivamente, enquanto outros parecem nunca superar as adversidades experimentadas durante os primeiros anos de vida.
O conceito não implica em saúde mental; nem sugere que os resilientes têm uma vida mais feliz. Isso não é necessariamente verdade.
Em última análise, resiliência tem sido definida como"a capacidade de recuperar e manter um comportamento adaptado após um dano".
O conceito de risco manteve-se confuso durante as duas últimas décadas, pois havia duas idéias diferentes inseridas em uma única expressão. Confundia-se o adolescente em "situação de risco" com aquele que tinha "comportamento de risco".
Dentro de um quadro de risco e resiliência, os fatores de risco estão menos relacionados às conseqüências do comportamento e mais aos fatores que limitam a probabilidade de sucesso, enquanto expor-se ao risco focaliza o comportamento propriamente dito.
O conceito de risco teve sua origem no seguro marítimo, que se baseava em dois fatores: a) qual a possibilidade de uma viagem com sucesso; e b) que fatores eram importantes para determinar esse sucesso. No setor saúde, os princípios da epidemiologia derivam do conceito de risco. Implícita nesta noção está a procura de qualidades predísponíveis, fatores potencializadores e fatores protetores -elementos-chave para o desenvolvimento de programas.
Muitas pesquisas mostraram que determinados aspectos estão intimamente relacionados a fatores de risco e a fatores protetores. Por exemplo, pobreza, famílias abusivas, famílias alcoólatras, ausência de lar, doenças crônicas/inabilidades, maternidade na adolescência, delinqüência juvenil, são fatores de risco (veja quadro).
Como se pode observar, examinando o quadro acima, a estruturação da resiliência está intimamente ligada com a prevenção. Se sabemos o que expõe um indivíduo ou um grupo em situação de risco a determinado evento negativo e se sabemos quais os fatores que podem amortecer tais eventos, estamos aptos a desenvolver programas que favoreçam a resiliência e minimizem o risco.
Algumas estratégias (por exemplo, treinamento de aptidões para a vida) são centradas na pessoa. Os pesquisadores identificaram quatro intervenções:
1. Redirecionamento do impacto do risco;
2. Redirecionamento da reação, que se faria por uma trajetória negativa;
3. Desenvolvimento da auto-estima e do poder de ações positivas (auto-eficácia), por meio de relações pessoais, de novas experiências e de aprendizagem para suplantar desafios;
4. Criação de oportunidades que permitam ao indivíduo ter acesso a recursos.
O modelo de desenvolvimento social incorpora essas quatro dimensões. É baseado na criação de habilidades para a vida, mas reconhece a necessidade da participação do ambiente que cerca o indivíduo (escola, família e comunidade), provendo-as com reforços de cada unidade, valorizando a aquisição de novas aptidões.
O conceito de "necessidade de ajuda" supõe a noção de que aqueles elementos que contribuem para o ganho social (família ou comunidade), através do cumprimento de obrigações bem sucedidas, são reconhecidos.
Baseados na literatura, os elementos-chave para a resiliência podem ser resumidos no modelo PCAP (do inglês People, Contribution, Activities, Place).
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