Todo mundo já ouviu falar da famosa zona erógena feminina, conhecida como “ponto G”. Mas, se ela existe, é uma completa outra história. Até hoje, os cientistas não conseguiram entrar num acordo sobre esse controverso ponto.
Agora, um médico afirma ter encontrado a primeira evidência anatômica de tal “estrutura”. O ginecologista Adam Ostrzenski, da Flórida, EUA, disse que uma dissecção cirúrgica revelou um saco de tecido erétil na parede frontal da vagina de uma mulher, que ele acredita ser o ponto G.
Ostrzenski dissecou a parede vaginal de uma mulher de 83 anos que morreu de um ferimento na cabeça menos de 24 horas antes.
Pesquisas anteriores sugeriram que ele precisava procurar o ponto G na profundidade da parede vaginal. Ele descobriu a estrutura que acredita ser a zona erógena repousando sobre uma membrana na parede frontal vaginal, abaixo da abertura pela qual a urina sai do corpo.
Dentro de um saco de tecido conjuntivo, ele descobriu aglomerados azulados de tecido ligados na extremidade inferior a uma estrutura parecida com uma corda, que media 8,1 milímetros de comprimento e inclinava-se a um ângulo de 35 graus para a uretra – o tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo.
“Quando eu vi os aglomerados parecidos com uvas, imediatamente soube que isso era um tipo de tecido erétil”, disse Ostrzenski.
Essa parece ser uma importante descoberta, porque a estimulação do ponto G é conhecida por causar inchaço da parede vaginal. Se ele estiver correto, isso pode ajudar a pavimentar o caminho para terapias que tratem a disfunção sexual feminina.
Muitos duvidam até que o ponto G seja uma estrutura. Os cientistas alegam que nunca disseram que o ponto G era uma entidade anatômica distinta. Em vez disso, ele seria muitas estruturas diferentes estimuladas por diferentes tipos de nervos que convergem na área; ou seja, uma região altamente sensível, de grande complexidade erótica.
Beverly Whipple, uma das pesquisadoras que deu ao ponto G seu apelido em 1982, não tem tanta certeza de que Ostrzenski encontrou o ponto G. “Eu não tenho ideia do que é essa coisa que ele encontrou”, disse Whipple. “Nem mesmo sei se esse tecido é normal”.
Como o estudo foi realizado em apenas uma mulher, a estrutura poderia ser exclusiva dela. E, embora Ostrzenski chame o tecido de estrutura erétil, ele não realizou outras análises para mostrar que o tecido realmente faz o que ele alega, e também não apresentou evidências de que nervos passam por lá para transportar sinais estimulantes.
Vários pesquisadores de sexo renomados criticaram a publicação desse artigo. O autor da pesquisa admite que precisa reunir mais evidências e estudar outras mulheres. Somente se ele localizar a estrutura em mais mulheres e mostrar que a estimulação dessa estrutura produz excitação sexual, é que o debate vai começar. Façam suas apostas![ScienceNews]
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